quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


Sento no sofá, inquieta, com o controle remoto na mão e apenas no automático vou trocando de canal. Não ouço nada. Não vejo nada. Apenas sinto e imagino.
Questiono-me incessantemente ao fato de que muitas coisas na vida não dependem apenas de nós mesmos.
Levanto-me, caminho para a cozinha e preparo o meu nesquik. Bebo tranquilamente. Sinto o sabor de morango, com o acentuado sabor do sal de minhas lágrimas.
Penso: ele não tinha esse direito... Ele não poderia ter feito o que fez comigo... Ele não deveria ter me deixado... Sinto uma forte dor no peito, uma falta de ar, uma sensação indescritível.
Nesse exato momento passa um filme na minha cabeça: o primeiro encontro, o primeiro beijo, sorrisos, lágrimas, planos, a última vez que nos encontramos. Confesso que naquele dia, quando ele virou as costas para mim, algo em meu coração indicou que aquela era a última vez que nos veríamos. Não estava errada.
O aperto em meu peito se torna maior. Ouço o som do meu celular e vejo ser uma mensagem dele, com a seguinte frase:

" Lanna, sabemos q não é simplesmente uma questão de abrir mão. Ambos sabemos q o contexto ficou difícil de ser sustentado. Nada foi em vão, aprendemos, compartilhamos... Agora chego num ponto onde preciso caminhar, conhecer, descobrir... E vc precisa chegar nesse ponto para deixar de se fazer mal... "

Acho que depois dessa frase não tenho mais nem o que dizer. Ele já falou tudo por mim. A impressão que tive foi a de que eu era uma pedra no caminho desse homem, um empecilho pra que ele vivesse a vida dele.
Até então, todas as frases, textos e poemas que escrevi neste blog relacionados a amor e saudade eram direcionados á esse homem.
E eu q sempre fui fiel a ele e a esse sentimento. Nunca acreditei no fim dessa história, porque em nossas conversas algo sempre ficava nas entrelinhas. Possivelmente, esse foi meu maior tropeço. Eu só via e ouvia aquilo que fazia sentido para mim e não enxergava a realidade.
Aquele homem não era mais meu. Não estava mais comigo. E eu ali, lutando em uma guerra que já estava perdida. Para ele tudo estava claro e definido.
Enfim... Essa é a última vez que faço menção a ele nesse blog. Primeiro, porque não faz bem para mim. Segundo, porque respeito a decisão dele e terceiro, é que se tudo acabou, não existe o menor sentido em continuar com a história. Um amor é feito entre duas pessoas e este não é o caso.
Felizmente, não sinto raiva, rancor, ressentimento ou qualquer outra coisa negativa em relação a ele. Alias, sentimentos ruins me fariam sentir ainda pior. Por mais insano que possa parecer eu o admiro e o respeito como pessoa.
O único sentimento que consigo definir agora com total exatidão é DESILUSÃO. Mas quem mandou eu me iludir não é?
Acredito que não o esquecerei facilmente, mas vou me esforçar.
Depois de tudo isso que aconteceu, é colocar o SALTO, passar BATOM e voltar pra FESTA.

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