quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Meu PAI!

Quando desejei fugir dos compromissos 
que se apresentavam,
 você me falou de responsabilidade...
 
Quando pensei em mentir para um amigo, 
você me falou de fidelidade...
 
Quando senti em minha alma os açoites
 dos primeiros vendavais, você me falou de flexibilidade,
 e aprendi a me dobrar para não quebrar,
 como o pequeno ramo verde faz diante dos golpes do vento.
 
Quando você pressentiu em meu olhar 
a insinuação da vingança,
 me falou do perdão...
 
Quando desejei salvar o mundo,
 nos ardentes dias da juventude,
 você me ensinou a moderação e o bom senso.
 
Quando quis me submeter aos modismos do grupo,
 você me falou de liberdade.
 
Quando me iludi, pensando que o mundo era meu,
 você me falou do Criador do Universo...
 
Assim, meu pai, desejo dizer que você 
sempre foi meu herói,
 meu amigo, meu grande mestre,
 meu companheiro de caminhada...
 
Você foi firme, quando era de firmeza que eu precisava...
Foi terno, quando era de ternura que eu necessitava...
Foi lúcido, quando era de lucidez que eu precisava...
 
Quando eu cheguei a este mundo,
 não sabia ao certo o que estava fazendo aqui, 
até que percebi que havia alguém
 para me orientar na jornada...
 
Hoje, bem, hoje eu sei claramente o que estou fazendo aqui,
 porque você, meu pai, fez mais que apenas me orientar,
 você caminhou ao meu lado muitas vezes,
 me seguiu de perto outras tantas, 
e andou à minha frente muitas outras,
 deixando rastros de luz,
 como diretrizes seguras que eu pudesse seguir.
 
Hoje eu sei muito bem o papel que me 
cabe na construção de um mundo melhor,
 porque isso eu aprendi com você,
 meu grande e admirado amigo...
 
E quando eu vejo tantos jovens perdidos, 
sem rumo e sem esperança,
 vagando entre a violência e a morte,
 eu peço a Deus por eles,
 porque é bem possível que não tenham 
tido a felicidade de ter um pai como você...

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