terça-feira, 30 de novembro de 2010

Eu Te Amo!

Sempre fui da turma que defende a desbanalização do amor. Hoje em dia todo mundo ama qualquer coisa, ama qualquer um, ama e desama como se fosse um botão de Liga e Desliga. O coitado do amor é usado para uma mãe da mesma forma que é usado para um namorado e da mesma forma que é usado para um pacote de batatinhas Ruffles. Nada contra batatinhas Ruffles, aprecio bastante também.
O que quero dizer é que sempre levantei a bandeira da gente não sair dizendo "Eu te amo" por aí aleatoriamente. "Eu te amo" é uma coisa muito especial, não dá pra jogar assim aos quatro ventos. Se a gente pudesse só pronunciar uma quantidade X de "Eu te amo"s na vida aposto que as pessoas tomariam mais cuidado e iriam ser mais cautelosas a quem prometem amor. 
Com essa filosofia, depois de um histórico de "Eu te amo"s desperdiçados, me tornei o tipo de pessoa que demora pra dizer as tais palavrinhas mágicas. Amigos, namorados e coisas queridas demandam certo tempo para serem eternizadas em meu coração frouxo, porém cuidadoso. Todo cuidado é pouco! Às vezes dá até vontade de deixar escapar um "Eu te amo", mas de repente percebo como ainda é cedo.
Foi assim que comecei a usar o "Eu te adoro". "Eu te adoro" é uma frase cruel porque fica bem óbvio que, apesar de gostar (muito) da pessoa, você não a ama. "Eu te adoro" às vezes soa como um "Eu não te amo". Se você for otimista como eu pode até soar como um "Eu não te amo... ainda"
E longe de mim dizer que a gente tem que ter medo de falar "Eu te amo", longe de mim, viu? Cuidado tem que ter mesmo porque afinal tem todo tipo de gente louca e má por aí. Mulher é tudo ingênua. Ao menos se for pra tomar cuidado, a gente toma.
Se for pra gente se entregar, a gente se entrega.
Quando a ocasião chegar, quero dizer tudo em maiúsculo, negrito e grifado: EU TE AMO.
... dá pra ser?

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