Dura em julgamento, com certeza. Sei que algumas vezes acabo magoando e assuntando as pessoas que gostam de mim por esse motivo. Mas eu me tornei o que sou por conta de experiencias passadas. Tenho as coisas meticulosamente estruturadas na minha cabeça. 

Qualquer pequeno alfinete fora do lugar faz meu mundo desabar. 

Não consigo manter a cabeça fria.

A velha historia de pavio curto é meio certa, porque eu nasci sem pavio.

Não tenho paciência, e deve ser por isso que acabo me magoando a cada segundo.

Esperar demais também é transparente em mim. Faço meus planos e espero que as pessoas ajam da forma que imaginei. 

Mas não é assim. Eu sei que não. Mas como fazer diferente?

Eu não sei. Faltei a essa aula, sem direito a reposição.

Digo coisas pras pessoas, sei que muitas vezes parece que faço pra agredir e pra magoar, e fatalmente é o que eu acabo conseguindo. 

Mas não são esses os motivos.

Talvez meus gritos sejam um pedido escondido dizendo: hey, olha pra mim, me ajuda também!

Mas palavras rudes não deixam ninguém ver, muitas vezes, a suavidade escondida num de olhar pedinte.

Eu me culpo, e só Deus sabe o quanto, por cada palavra agressiva pronunciada por mim às pessoas queridas. Eu me culpo por ser tão teimosa, tão rude, tão agressiva com as pessoas, que talvez só queiram saber o que eu guardo dentro de mim.

Mas eu sempre acabo revelando tarde demais, e da forma mais errada possível.

Quando não sobra mais suavidade nem respeito por mim para entender o que eu sinto.

Poderia ter posto tudo isso em terceira pessoa, poderia ter inventado uma personagem, que ao final fosse vista como talvez incompreendida. 

Não é isso que eu quero.

Eu só quero deixar exposto aqui o que sou eu. E de certa forma me desculpa com aqueles (e estes sabem quem são ao ler) a quem eu disse algo que não soou como eu esperava.

Todas as palavras são verdadeiras. É a hora e o tom no qual elas são ditas que muda vida inteiras.

Talvez eu seja apenas uma criança brincando de descobrir meu lugar no mundo.

By FB.