O que faço com essa minha mania de pensar em você sem tentar armar barreiras contra os doces diálogos que invento? O que faço com esse meu coração tão cheio de amor só pra você? O que faço com esse aperto de saudades aqui dentro? O que faço com essas músicas que me lembram de nós? O que faço com essa loucura de querer ser tão sua, só sua, pra sempre sua? O que faço com essa distância que nasceu entre nós dois? O que faço pra você entender que eu daria o mundo pra ser o seu mundo? O que eu faço com essa falta? Com esse vazio? Com essa dor?
Sempre falho nas despedidas, sempre dou um jeito de ficar até mais tarde, sempre arrumo desculpas pra voltar até onde estás, mas agora há um buraco tão grande entre mim e você, como foi que deixamos esse abismo nascer entre nós? Como foi que não construímos uma ponte enquanto havia tempo para salvar tudo o que ainda era bonito?
O céu anda tão cinzento ultimamente, tem sido longos dias esses sem você, ainda há chances de fazer tudo começar de novo?
Eu penso em nós e sinto uma tristeza tão grande, fomos feito areia deslizando por entre os dedos de uma mão descuidada.
Eu me sinto tão estúpida quando falo de você com carinho, mas te odiar é muito mais triste do que aceitar esse amor que veio feito presente de grego, fingir não te querer é muito mais difícil do que gritar aos quatro ventos que o perdoo por toda dor, toda tristeza, toda mágoa que já me causou, prefiro aceitar que te quero de volta mesmo sem dever querer, aceito que esse amor tornou-se meu próprio combustível e que ficar sem ele seria atolar no meio dessa estrada da vida, prefiro fechar os olhos e continuar há criar diálogos que nos unem do que abri-los e ver o quanto longe estamos.
Ninguém nunca disse que amar seria fácil, mas também não me perguntaram o quanto eu disposta estava para isso. Fiquei cega, estúpida, submissa, fui embora, achei que viver sem amar seria fácil, que eu ia conseguir expulsar de mim tudo o que tenho aqui, mas tentei em vão não pensar enquanto eu ainda me perdia dentro de você, dentro desse amor.
Essa estupidez chamada amor me leva a pensar, será que se tivéssemos entrelaçado os dedos tudo teria dado certo?
By. G.F
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