segunda-feira, 26 de março de 2012

ORAÇÃO DO AMOR NÃO CORRESPONDIDO- GABRIEL CHALITA

Senhor!


Hoje estou triste. Meu coração dói, comprimindo o peito.Sinto-me tão pequeno, tão carente. Sinto-me desamparado.Chorar, já chorei tudo o que podia. Mas há um buraco dentro de mim que teima em não fechar. E com isso me angustia.Tu sabes, Senhor, o quanto estou apaixonado. Sabes o tamanho do meu desejo em estar com quem amo. E sabes, também, do sentimento de rejeição, de pequenez, que toma conta de mim. E eu, a cada dia, peço para não mendigar afeto. Mas não consigo.São noites que passo em claro. Não sei se é imaginação ou sonho.


Quando amanhece, não sei se dormi ou se fiquei a projetar imagens em minha cabeça. Mas acordo triste. Triste por saber que meu amor não me ama. E por mais que eu tente encontrar razões, não consigo. Só fico a me perguntar: Por quê? Porque não?Já fiz de tudo. Primeiro, criei jogos de amor, de sedução. Depois, acabei me revelando. Chorando, disse tudo o que sentia. Falei do hoje, do amanha. Fiz planos para uma vida inteira juntos. E, como resposta, nada ouvi. Apenas um olhar de compreensão e um gesto como a dizer que, com o tempo, o sentimento passa. E ai me arrependi, e briguei, e me arrependi de novo, e me desculpei. E vazio de mim mesmo.Senhor! As pessoas me dizem que é assim mesmo. Que o tempo será o meu grande aliado para que esta ferida fique cicatrizada. Mas ninguém sabe me dizer quanto tempo será necessário para que, um dia, eu acorde, abra a janela, contemple a luz do céu e sinta feliz. Eu quero esquecer, Senhor! Mas me sinto frágil. É tão triste o sentimento da rejeição. Eu quero esquecer, Senhor.


Talvez, esse meu problema não seja tão grande para a humanidade. Há tantas pessoas que sofrem por coisas piores. Eu tenho tudo. Tenho saúde. Tenho juventude. Tenho a vida toda pela frente. Mas, hoje...hoje, tenho de ser honesto. O meu sentimento é de que não tenho absolutamente nada. E de que a vida não faz o menor sentido.Há momentos em que me arrependo de ter começado a amar. Mas acho que não foi decisão minha. Surgiu. Veio do nada. Veio de um olhar. De um tom de voz. De um sorriso. De um abraço. Veio de um encontro que, num instante, me fez sentir totalmente, diferente. E um frio na barriga começou a me acompanhar, e eu comecei a mudar a cada dia. Lutei para ficar mais bonito. Para cuidar dos pequenos detalhes. Para chamar a atenção, parecendo natural. Lutei tanto para que minha presença fosse agradável. Lutei tanto para que meu amor protegesse, envolvesse, acalentasse. E nada. Somente o silencio de quem, talvez, tenha outro amor.Muitas vezes, fiquei a me perguntar se não estaria usando a estratégia errada. Por vezes, desculpei a timidez. Inventei historias em minha cabeça para justificar o amor não amado. Mas agora, Senhor, quero voar em um outro horizonte. Pelo menos, hoje. Pelo menos nesse instante. Eu sei, Senhor que o infinito é infinito. E é por isso que te peço forças. Minhas asas não podem ficar congeladas pela dor do amor. É preciso que eu recupere o poder do vôo. E ir adiante. Eu já existia antes de começar a viver este amor. E tenho a certeza de que continuarei a existir depois, quando ele se for. E é por isso que quero voar.Quero voar, Senhor, e durante o meu vôo poder contemplar tudo quanto ficou esquecido durante essa minha passagem por um ninho que não me deu guarida. Não quero ter ódio. Não quero desejar o mal. Só quero seguir meu vôo. E permitir que o pássaro continue o seu vôo. Infelizmente, voaremos separados. Cada um cumprindo o seu oficio. Cada um vivendo o seu sonho. Cada um obedecendo ao seu sentimento ou, talvez, tentando controla-lo. Enfim, o vôo não acabou.Agora estou um pouco melhor, Senhor. Tenho a certeza de que me ouviste.


A dor ainda não passou. A paixão teima em me fazer companhia e soprar em meus sentimentos alguma esperança. Não quero ter esse tipo de esperança. Quero recuperar o meu vôo e ir adiante. Quem sabe, neste lindo horizonte, algum pássaro queira me fazer companhia e o que hoje eu sinto será apenas a lembrança de uma dor profunda, que não existira mais.Obrigado, Senhor! Obrigado pelo dom do amor. Pela capacidade de sofrer. Obrigado, Senhor! Obrigado por poder ser inteiro nos meus sentimentos. Antes isso do que a cessação de nunca ter amado, de nunca ter sofrido, de nunca ter existido. Este vendável é violento, mas me faz sentir vivo. E isso é bom. Já estou um pouco melhor. Pelo menos agora, estou melhor. Amanhã, quando a dor voltar, lembrarei de Ti e melhorarei um pouco mais. Até o dia em que a teia desta paixão me libertar, para talvez cair em outra. Mas quem sabe, da próxima vez, o encontro seja mais belo, e a flechada de erros atinja os dois corações. E terei forças para esperar s dor passar, e ver o amor ressurgir.


Amém.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Quantas vezes você ficou com o seu celular na mão esperando uma mensagem que você sabia que não ia chegar? Quanta vezes você abriu uma janela de msn só pra ficar olhando a foto de alguém? Quantas vezes você esperou palavras que você sabia que não seriam ditas? Quantas vezes você espero atitude de quem não tem?
Mas é lógico que ela estava bem, ela não estava sorrindo? Sorrisos e mais sorrisos, risadas e até gargalhadas era o que saía da sua boca, em público. Mas sozinha, trancada em seu quarto, ela arrancava sua máscara com força, e derramava-se em lágrimas.
- E ela chora mais uma vez, lembra daquele canalha que nunca a mereceu, que a trocou por outra garota, logo ele que dizia a amar tanto, que dizia que iria ser para sempre. Quando ela lembra disto ela desaba, apesar de não ter demonstrado el...a o amava, mais já era tarde, ele a teria deixado. E então lágrimas de raiva percorrem pelo o seu rosto desesperadamente ao lembrar de todas aquelas promessas que não passaram de uma mera mentira, e as lágrimas aumentam mais ainda quando ela se dá conta de que todas as vezes que ele dizia que a amava era mentira. E então ela fica chorando em seu quarto na escuridão enquanto o seu coração vai apertando mais e mais.
Até poderia perguntar o que está acontecendo e como poderia ajudar, mas não estou afim de fazer você pensar que me importo.
By. Dai.
Choro ainda mais quando encaro a realidade de te ver sofrendo por alguém que não se importa, enquanto eu me importo até demais.
By. Dai.
Forte mesmo é aquela que mesmo com o coração partido, sorri para aquele que o partiu.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Ele vai chegar. Vai chegar como ondas de um mar imprevisto, daquelas bonitas, merecedoras de uma bela fotografia, daquelas que ainda que você tente correr, te alcançam e te regam os pés, te puxam sem permissão, te lavam a alma e o coração e te devolvem às margens tonta, quase inconsciente, tamanho seu impacto e alcance. 
Te envolverá como bossa nova em frente ao mar com direito a brisa e pôr-do-sol. Leve mas transformador. Bastará lançar uma só vez seus olhares convidativos, o suficiente pra te acertar e te ganhar. 
A partir daí, qualquer resistência será perda de tempo. Inútil simular sobriedade, com ele em cena não cabe cerimônia. O tempo vai parecer não passar ou em alguns episódios parecerá correr mais rápido do que deveria, faz parte de seu show. 
Todas as flores, escritos e abraços eternizáveis serão mal educados o suficiente pra não baterem em sua porta e chegarem sem avisar. E bingo! O coração é frágil a surpresas. Qualquer chão passará a ser seu palco, o céu teu teto e a coberta pra um, curiosamente bem envolverá dois. Dois mundos, agora um só. Não porque se bastam, mas porque perfeitamente se encaixam. 
Planos parecerão tão lógicos, tão urgentes. Calendários paracerão vilões. Manias compartilhadas, sorrisos sincronizados. Os novos dias trarão novos sentidos, texturas e tons. Descobrirá sabores, ficarão embriagados de si. Companhia, saberá o valor de uma. Carinho, saberá sua intensidade ideal. 
Compreensão, tolerância, lealdade. Cada partida, um ensaio da solidão. Cada retorno, uma provocação pra saudade. Não, não te faltará o ar, nem o chão. Ele, majestosamente será parte deles. Seu oxigênio e porto seguro. Seu café da manhã. 
A esse ponto, já saberá que nada mais ocuparia mente e coração dessa forma absurdamente contraditória, avassaladora, porém natural e espontaneamente acolhedora. E aí mora o perigo: a certeza. A certeza acomoda. Porque também haverá problemas ou nada mais que provas. Desafios pra fazer valer tamanha empolgação. Haverá adaptações, surpresas, vida ordenando maturidade. Mas você sabe, pode não querer acreditar - talvez pelo coração partido ou por nunca ter vivido - mas sabe do que ele é capaz. 
Pode vir obstáculo, podem vir sentimentos contrários, tempo, maldade, distância. Enquanto ele estiver hospedado no teu peito, qualquer batalha é ponto a favor. De todas as devastações, só ele resistirá. Ele misteriosamente resistirá e tirará da tragédia sua maior lição. Por vezes ressurgirá ainda mais lindo, visto seu quê de fênix. 
Ah o amor! Só ele te faz duvidar da razão. Só ele te salva de si mesma. Te mostra o quanto você é sim, capaz do abandono, do orgulho, das desistências. Mas não. Não convém. É amor. É o tal sentimento cheio de desalinhos, cheio de desafios e também de sentidos e motivos pra superar os tantos pormenores. 
Alguns chamarão de sorte, outros apontarão pra vocação. Uns poucos sentirão felicidade só de assistir a sua. Outros muitos denominarão utopia, tremenda ilusão, perda de tempo. A cômoda opção de maldizer o que ainda não se tem. Não se sabe tudo sobre o tal, não se tem garantias. Mas uma vez vivido, uma vez conhecido, você saberá, só você saberá que amar é pra quem tem coragem. Coragem pra se jogar, pra sentir, pra sonhar e se preciso for, construir castelos, preparar sua guarda. 
Abandone os receios, os preconceitos, a espera do aplauso, o medo da decepção e restará ele, acontecerá baixinho dentro de você. Esqueça as notícias, as teorias, desaprenda a preguiça de sentir, a insegurança antecipando o futuro. 
Coragem! Quando chegar a hora de guerrear pelo que manda o coração, seja forte, prepare suas reservas, que de todas as certezas que se têm a dois, a única incontestável é esta: o amor nunca se rende!
By. Y.S
Ela te deu espaço. Um lugar ao lado, duas prateleiras do armário e todos os compartimentos de seu coração. Te deu apoio quando foi preciso, te deu a mão pra caminhar junto e abraçou o mundo de planos bonitos que você apresentou 
Ela ignorou os rumores passados, apontou e remou pro futuro, preferiu pagar pra ver as delícias do presente a dois. Mas agora você esta aí, se distraindo com o horizonte, talvez dramatizando que a vida é mesmo difícil.
Ela, que não é fácil, admite que contém malaguetas em seu temperamento, reconhece os que se arriscam a lidar com seus ensaios tempestivos e nessa, meu amigo, você foi condecorado. Ela sabe, e você também, que ainda assim, como "A Ana" ela é doce quando doce e sabe do que você gosta. Café forte, música baixa, terças pro futebol, torta de amendoim, beijo no pescoço. Ela sabe te ganhar. Assim como também se vê conquistada, desarmada. Colo pra dormir, suco fresco de limão, barzinho aos fins de semana, massagem nos pés. Dos paparicos recíprocos. 
Com tanto infinito particular na balança, ela, sem hesitar, reinventou seus rumos. Apagou suas burradas, perdoou seus passos errantes, considerou seus diferenciais, venceu o medo do amanhã e apostou num sentimento nunca antes vivido. Ela, que não se arrepende nem um minuto, vive de aprender com você. 
Aprender como ignorar uma provocação, como pensar vinte vezes antes de proferir palavras tortas, como fazer noites de chuva virarem madrugada. Ela compreende teus defeitos, admira sua mansidão, aprendeu tuas receitas, entrou pra tua história e te nomeou personagem principal da dela. E como é lindo os capítulos que vocês escrevem juntos. Pintando de sonho a vida real, driblando os dias nublados, legitimando a fortaleza de um sentimento verdadeiro. Se não me engano, é este mesmo sentimento que vence os atritos triviais, a maldade alheia, o possível cansaço de dias iguais. 
Não lhe importa a opinião avessa, ela aposta no seu sucesso, topou a futura viagem para a Indonésia, te convenceu de conhecer Paris. Soube que ela até mudou de idéia sobre a idéia de casamento, só não abre mão de não alterar o sobrenome.
Sim, sei que em muitas coisas você cedeu também. Mas há tanta vantagem pra você relevar. No entanto, dominado pelo orgulho, você continua aí, perdendo noites de sono, confundindo pirraça com solidão. 
Pensa comigo, meu caro. Não há motivo pra essa birra agora. Se ela tem um lado que arde e expressa ciúme, é porque cara feia não lhe convém. Se reclama do seu cigarro, é porque te quer bem. Se te cobra mais tempo junto, é porque o muito é pouco quando se está junto de quem faz o tempo e o pensamento voar. Se não te procura após uma briga, não é castigo, meu amigo, ela flerta com a saudade. Quer ver se te inquieta também.
Nos dias deste silêncio bobo, fez uma carta contando tudo que adora no teu jeito, revelou aquela foto na praia, comprou seu bombom preferido, ensaiou o beijo mais bonito.
Você me pergunta se no meio desse orgulho desnecessário ela ainda pensa em você? Cara, desconfio que ela te ama.
By. Y.S.

terça-feira, 20 de março de 2012

É, passou... mas hoje eu te vi. E te olhei. E sorri. E me deu vontade de dizer que durante todo esse tempo eu senti muito a sua falta. Eu-sinto-muito-a-sua-falta. Mas você me viu, me olhou e sorriu e eu, então, emudeci vendo seus olhos verdes brilharem e tudo fazer festa no seu rosto. A verdade é que tudo passa: as horas passam, os dias passam, a chuva passa e o arco-íris vai embora. E o que resta é a memória, o que resta é o amor, é a certeza de que o que é verdadeiro permanece, fica, faz sombra e cria raiz. Você não sabe, mas de lá pra cá, os dias arrastaram-se na melodia enfastiada dos ponteiros do meu relógio e eu me arrastei na melodia cansada da brisa que te trazia até minha janela nas tardes de domingo. Sempre à espera de você que, sabia, não ia voltar. Inutilmente segui novos caminhos, peguei caronas e atalhos (mais caronas que atalhos), mas sempre parei no meio da estrada, sempre olhei pra trás na esperança de te avistar, sentei, te esperei, chorei e peguei outra carona. Eu vivo de caronas, esperando um dia chegar em algum lugar onde me devolvam tudo que você me roubou. Sim, tudo passa. Um dia você também vai passar, talvez nessa passagem você resolva ficar e, quem sabe, façamos nossa casa no meio do nada, ou no meio do tudo que ainda nos resta. Nosso amor é uma criança que você abandonou ao nascer. Uma criança que cresce e caminha a passos lentos e exaustos, velha criança que não enxerga mais a longas distâncias. Nosso amor é uma moldura sem retrato em busca dos rostos que antes ali sorriam. O amor envelhece, a memória desgasta, mas lá no fundo tem uma coisa que ainda queima, e arde, e dói. E aí acontece que o amor não espera mais por mim nem por você, espera por alguém, qualquer alguém que o leve e cuide e guie e queira bem. O amor não passa, adormece. Se vai aos poucos na esperança de um dia saber como voltar (eu te deixei as pétalas das flores que me deu por onde passei, para que um dia possa me encontrar). Escrevo-te sem parágrafos, pausas e fôlego mais uma carta das que não te mandarei, só porque hoje te vi. E te olhei. E sorri...
By S.O.
Obrigada, canalhas. É. Obrigada e parabéns! Nada mais justo do que reconhecer um trabalho se bem feito for. Classifico minha vida em antes e depois dos canalhas. Resultado final: 1,68cm de pura esperteza!
Obrigada a você, canalha-do-telefone. Graças a você, que disse que telefonaria amanhã (nunca), eu aprendi que ligações pré-anunciadas dessa forma são um tanto formais demais para uma suposta aspiração a casal. Quem quer liga sem avisar. Quem quer faz surpresa. Obrigada a você, canalha-da-cartola. Graças a você, que sumiu do nada e sem explicações, eu pude aprender que para algumas pessoas fugir dos problemas parece ser a solução mais fácil. Aprendi que essa solução é realmente mais fácil, porém, é muito mais dolorosa. Graças a você aprendi que covardia é truque para os fracos e que as coisas podem ser facilmente resolvidas se conversadas. Obrigada a você, canalha-do-ônibus. Graças a você, que um dia disse: me-esqueça-estou-em-outra, eu aprendi que algumas coisas passageiras não valem a pena, aprendi a não correr atrás de quem vive de parada em parada. Aprendi que o mundo gira e que, apesar de ser grande, é redondo, as pessoas se reencontram. Aprendi que reencontros nem sempre são lindos e felizes. Aprendi que vingança existe e tem gosto. Obrigada a você, adorável-canalha. Graças a você, que disse em tom de inocente displicência: e-se-eu-te-disser-que-eu-sou-um-canalha?, eu aprendi que os canalhas podem ser bem-humorados e boas companhias. É, alguns canalhas jogam limpo. Aprendi que você pode conviver com um deles, desde que saiba exatamente quando apertar os botões play, pause e stop. Obrigada a você, o canalha-do-carretel. Graças a você, que me enrolou, eu aprendi que quem enrola se enrola muito mais no final. Descobri que quem quer não tem tantas dúvidas. Obrigada a você também, canalha-bom-moço. Graças a você aprendi que ser ogro é coisa de alma. E que julgar o livro pela capa confere. E, finalmente, obrigada a você, pseudo-canalha. Graças a você eu descobri que nem sempre aquele moço (aquele que te manda mensagens lindas e fofas, aquele que não só promete, faz, aquele que te dá amor, carinho e atenção, aquele mesmo que você nem acredita que existe), aquele moço não é um canalha. Aprendi que experiências não são regras e que toda regra tem sim uma exceção. Aprendi, então, que para aprender é preciso mesmo dar a cara a tapa, sentir na pele torna as coisas mais marcantes.
Um largo obrigada a vocês, canalhas que passaram pela minha vida. Vocês não foram totalmente inúteis. Foi topando em caras errados que aprendi a andar com cautela para não chutar o cara certo.
By. S.O.
Talvez ninguém saiba, talvez você nunca imaginasse, mas, de todas as minhas faltas você é a que ocupa mais espaço.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Está decidido, eu não vou mais amar você.  
Eu vou esquecer das suas flores, dos seus carinhos, dos seus olhares, do seu toque, das suas juras, da sua companhia e colo irritantemente incomparáveis.
Eu vou calar essas músicas que me lembram da gente o tempo todo e não vou mais ler estes escritos da Bernardi que insistem em me remeter ao mal e ao bem que você me causa.
Vou rasgar todos os mapas estúpidos que o meu coração também estúpido sempre traça até você como único caminho possível.
Vou doar seus pertences que fizeram morada numa parte do meu armário. Vou fazer das suas fotos o mosaico mais futurista que já se viu e publicar suas cartas num livro que se chamará "Nunca acredite nessas baboseiras!"
Eu vou recusar suas esperadas ligações de boa noite e driblar minha ansiedade pra conseguir excluir, sem ler, as mensagens que você me enviar no celular. Vou me entupir de cinema, de principalmente dramas, pra - como sempre - cismar com um personagem qualquer e esquecer que o protagonista do meu filme mais bonito e borrado está bem na minha realidade.
E então enfim, anota aí, eu não vou mais amar você. Assim, tão fácil, como dizia a boca. Assim tão hipócrita, como sussurrava a mente traidora.
A cena é de mais um domingo vazio chegando ao fim e nenhuma evidência batendo à porta pra contradizer os pensamentos insistentes que são causa e consequência de sua insônia: a distância que preferiu manter dele. Foi quando resolveu tirar a cara grudada do travesseiro molhado e romper com os nós na garganta, os apertos no peito e os rodopios da sua mente inquieta. Se olhava no espelho e ensaiava sua cena final:
  - Sabe aquela menina que mesmo magoada te dava mais uma chance, que mesmo chateada atendia suas ligações, que mesmo triste ressaltava e acreditava na tal superação de que é capaz o amor verdadeiro?Então, ela, aos poucos, e graças às suas atitudes, está indo embora...e se eu fosse você aproveitava pra se despedir.
Pronto, era isso, estava decidida.
A cortina desce, e quando o peito se enche de orgulho e se prepara para os aplausos, o telefone toca. O peito pula, o coração se rende. E lá se vai todo o talento trabalhado por horas a fio...
...e enquanto concordava sobre o quanto era desnecessário tanto silêncio e distância, se perguntava porque denovo caia na mesma marmadilha que o amor parecia ser.
E a resposta lhe vinha como algo que carregasse desde sempre sem perceber: "não tem jeito, não tem fim, é o coração no comando, de ontem em diante". By Y.S.
Ahh vidaaa...você bem que poderia parar de se fazer de desentendida e me mandar o que eu realmente preciso, sabe? Que tal artigos definidos?"O" amor, em vez de "uns"...eu te agradeceria!" By Y.S.
 
A você, que ainda não conheço, tome. É sua essa vida, esses dias, essas palavras e desejos sobre os quais escrevo.
É sua essa menina se você me prometer que vai ser bonzinho e superar todos os outros que vieram antes de você...você promete?
Não precisa ficar com medo ou sem jeito não...tá certo que eu fico uma fera quando me prometem coisas e não cumprem, mas eu vou te contar um segredo: infelizmente eu acredito em tudo que me dizem. Apesar de ser muito crítica e debochada, confesso, eu também consigo ser uma boba otimista que vai acreditar se você disser que neste natal esteve com papai noel e ele te contou que não, não esqueceu de mim, apenas vai atrasar um pouquinho a entrega do meu presente, certamente porque durante o ano não fui exatamente o que se chama de uma boa menina. Tudo bem.
Mas é sério, pare de rir, estou te dizendo, por mais que ainda sejamos desconhecidos, eu acredito em você.
Digamos que eu tenha uma inclinação a dar créditos e confiar cegamente nos desconhecidos que cruzam meu caminho. Então vamos lá, aproveite essa minha tendência ao delírio e me prometa sem medo. Você não vai me abandonar no meio do caminho não é?
Prometa agora antes da festa começar, que eu quero me preparar e, se me permite, te pedir umas coisa.
Te pedir paciência, espaço, fôlego, sonho..ahhh muita coisa!
Sabe, é que houve um, um pouco antes de você, que me deixou exausta de tanta alegria, com ele houve festas, encontros, momentos...inesquecíveis momentos...ele foi bom mas teve seu lado ruim também, nem vale a pena explicar.
Houve um outro que vou te contar viu? Me rendeu cada dor de cabeça, quis tirar quase tudo de mim...desconfio que só não me levou as calças porque talvez não lhe servissem.
Mas eu superei tanto um quanto outro, aliás a passagem é natural não?! Bem, deveria ser.
Olha, não me leve a mal, eu não quis te ofender, não precisa fazer essa cara. Não me leve a mal com essa coisa de te falar dos anteriores e isso soar como uma cobrança comparativa. Eu só queria ser objetiva e me assegurar de que desta vez, com você, enfim, será diferente. Mais certezas, mais vento fresco, mais cama desarrumada até as 13h, mais lugares novos, mais subidas de degraus...ahhh promete vai? Que foi? Estou fazendo denovo não é? Me apressando, te atropelando e pedindo mais do que você pode no momento. Ai meu Deus que vexame, eu nem te conheço ainda.
Em pleno momento de pôr as coisas em ordem e deixar fluir, eu estou pedindo mais. Mais isso, mais aquilo. Eu sei que o que você esperava de mim era que eu olhasse pra trás e refletisse pra não repetir os mesmos feitos. Olhasse pra frente e refletisse denovo pra não fazer juras em vão pro futuro. Que aproveitasse o agora, o aqui, enquanto há tempo. Mas não, como sempre, eu estou só pedindo mais.
Poxa, desculpa mesmo. É que eu queria uma amostra de certeza de que toda essa euforia de te estar logo contigo não me faria cair numa lábia que eu bem posso imaginar, se você tivesse, acabaria se tornando igualzinho aos anteriores sabe? Acreditar que você não me levaria a ver fogos de artifício no início e depois puft! perdesse seu brilho de repente sabe? Acontece sempre.
Mas, pois bem, você tem razão, prometer coisas a esta altura é inútil, é ilusório e cá pra nós, muito clichê. Então, você está certo, eu paro com isso. Ahh esse meu jeito idiota de querer tudo do meu jeito idiota. É que sinceramente, estou sem saco pra pensar sobre os erros e tropeços de 2010 e traçar promessas duvidosas pra você, 2011, então achei que se você pudesse fazer isso por mim, seria ótimo, seria mais possível, mais verdadeiro sabe?
Mas tudo bem, eu vou fazer diferente. Já que chegamos à conclusão que isso não vale de nada, vamos em frente. Você então está livre. Vá, ou melhor, venha!
Venha com seu brilho de verão e seus mares de encanto promissor. Venha sem o peso de vir e ser como eu gostaria. E eu vou. Eu vou fazer minha parte. Eu vou encontrar você vestida de esperança, de fé, de menos urgências fora de época. Quem sabe assim estarei de fato, pronta pra você. Tentarei ir de "mistério do planeta": vou mostrando como sou e vou sendo como posso.
Acredito na força dos meus desejos, nas aprendizagens do que passou, agradeço a Deus por tudo, vivo o dia de hoje e é só! Fico no aqui, vou aproveitá-lo, realmente menos frustrante, mais sábio.

By Y.S.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Que meu radicalismo seja perdoado, mas eu detesto pessoas carentes! Pra mim, nada mais irritante do que alguém que exagera na dose do forever alone! Ah, isso me irrita – demais. Quem nunca sentiu-se carente que derrame a primeira lágrima. Acontece! Há dias realmente que você não está legal, na TPM, então – o mundo inteiro resolve ficar contra você e as coisas teimam em dar errado, você é horrível e se te disserem isso você chora rios. Mas, isso é coisa que realmente acontece. O que me irrita são pessoas que fazem da carência um estilo de vida, pessoas que simplesmente não sabem buscar outras formas de diversão ou felicidade, pessoas de olhar que implora pateticamente: oi-tudo-bem-você-poderia-me-amar-por-favor? Claro, todo mundo precisa de alguém pra amar e ser amado. Quem disse que um colinho não é bom? Mas viver em função disso é outra coisa. Conheço pessoas assim, verdadeiras caçadoras. Com essas pessoas é impossível manter um diálogo sobre assuntos variados. É sempre o de sempre: a busca constante por um par. Os carentes não entendem que tudo tem hora certa pra acontecer. Muito sabia quem avisou que “a pressa é inimiga da perfeição”. Quem muito se apressa não enxerga os detalhes. Quem muito procura sempre acha que nunca vai encontrar quando, na verdade, já passou mil vezes por aquilo que realmente busca. A gente só tem o que quer quando deixa de procurar. Se você quer um amor, pare de persegui-lo. Se você quer alguém de verdade experimente ser de verdade primeiro. Quem procura qualquer companhia acaba ficando sozinho. Enquanto você procura preencher-se em pessoas erradas já pode ter passado mil vezes pela certa. Pessoas carentes são preguiçosas, preferem depositar seus sonhos em alguém a ter que assumir a responsabilidade pelas suas vidas e o que escolhem para si. São egoístas. Querem alguém que as completem e esquecem que as trocas e aceitações são muito mais importantes. Não sabem que o amor só chega a quem sabe esperar. Esteja carente, mas não seja carente. Carência é uma mochila muito pesada de frustrações. By S.O.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Começa com uma noite despretensiosa. Como um dia qualquer que você jurava não render mais que uma boa conversa de bar com amigos e o enfrentamento daquele congestionamento clássico na volta pra casa.
Por obra do destino ou do acaso - esses danados - entre o barzinho e o engarrafamento surge uma surpresa. Uma surpresa linda de um metro e oitenta, pele de morena e sorriso bobo. O sorriso é tão bobo e gratuito que não lhe anuncia perigo do momento que lhe é apresentado até o momento da despedida. 


Os dias que se seguem trazem um oi na rede virtual, um número de telefone trocado, histórias e compatibilidades compartilhadas, risadas, um convite aceito e a sua cara de tonta rindo para a tela do computador. 

Até que a surpresa bem vinda te acolhe numa sábado à noite com um blues qualquer que combine com meia luz e taças regadas.
 

O presságio vem com os próximos gestos. Aqueles inesperados e certeiros que nos fazem querer ouvir o mesmo blues pra sempre. Querer assistir "Before Sunset" pra sempre. Desejar beber aquele suco de laranja com morango por todas as manhãs, se prepeparados por ele, que chegou sorrateiro, ficou sem permissão e entre flores, filmes e pores do sol, sugeriu um futuro bom que você já desacreditava pelo clichê do medo.

Até que o coração, companheiro valente ou belo tratante, mostra que não é à toa que é chamado de músculo involuntário - soma-se aqui afobado e inconsequente - e te manda o sinal de que há algo novo causando seus descompassos. E desta vez não tem a ver com bloqueio da válvula mitral, crises de estafa ou de ansiedade. 

Você se apaixonou novamente. 

Você, que jurou que aquela outra vez seria a última, está denovo ouvindo Sixpence none the richer, anda com pensamento longe, brilho no olhar e se culpa por não cumprir a promessa feita a si mesma. Bobagem. Você sabia o tempo todo, só não acreditou na sua intuição que te mandou aviso quando você subestimou aquele sorriso que além de bobo, poderia ser arrebatador. 

Nem perca tempo no processo de negação. Reverencie o momento, aceite o desafio. Encare como dádiva a paixão lhe chegar assim, repentina, em tempos de busca frustrada e incessante pela tal. 
Mande seu ego passear pra bem longe e acredite. Do calafrio que a insegurança lhe traz, a cada dia de recíproca, restará a certeza do passo certo. E em pouco tempo as borboletas no estômago se transformarão em leveza e cor.  
Liberte o medo. Liberte-se dos conceitos pré-determinados. Aproveite, arrisque, desaprenda o medo de errar. Apenas abstraia e flutue. Leve, simples, sublime, como bolhinhas de sabão. Baixe a guarda, que uma vez a paixão instalada, lutar contra é dispêndio de energia em vão.
By. P.P.C.

terça-feira, 6 de março de 2012

“Como explico para a minha alma e para o meu coração que acabou?”
Eu fiquei observando por algum tempo sua foto no Facebook, que indicava que você estava ali. E depois, abri o MSN e notei seu status: ocupado. Eu tive vontade de falar. Já que não entendeu minhas indiretas, eu tive vontade de te dizer. Abri a janela de conversa e escrevi: "Olha, eu costumo ser mais orgulhosa, mas mesmo sabendo que não tenho nenhuma culpa, estou aqui. Queria lhe dizer que sinto muito por tudo o que vem acontecendo entre a gente. Ou melhor, tudo que NÃO vem acontecendo. Eu só queria deixar claro que, se eu passei por cima de tanta coisa pra estar te dizendo isso, é porque eu gosto de você de verdade. E é porque eu te queria aqui comigo, sem complicações e sem medo. Mas, se você não quiser vir, não tem problema, eu vou seguir com a minha vida. Mas, por favor, eu só não preciso de alguém que me deixe esperando por algo que não vai acontecer". Li, reli e treli o texto. Era mesmo tudo o que eu queria dizer. Fechei a janela, desliguei o computador e fui dormir.

Tem coisas na vida que a gente quer tanto, mas tanto falar, que acabam guardadas numa caixinha, escondida no fundo do armário. Por medo ou insegurança, talvez. Nunca saberei o que teria visto depois de apertar o enter com o texto. Mas preferi assim. Por tudo que já tinha de problemas agora, por tudo que eu criei de expectativas vãs, eu deixei o destino dizer o que seria. Não queria mais sofrer em vão.
By C.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Ah, como eu queria que o que a gente sente um pelo outro fosse forte o suficiente para te fazer ficar. Para te fazer me amar mais que tudo. Para te fazer ter coragem. Para te fazer permanecer ao meu lado quando o mundo ficar bagunçado ou trêmulo.
Ah, como eu queria que os olhares e sorrisos dos primeiros encontros acontecessem em todos os nossos encontros. Que o amor não ficasse capenga. Que não usasse bengala ou muletas.
Ah, como eu queria que a falta de paciência e a presença da rotina não destruíssem essa relação tão bonita e pura. E que a maldade dos outros jamais nos afetasse.
Ah, como eu queria que o vento levasse nossas asperezas, nossos ruídos, nossas palavras duras. E que nosso coração não empilhasse uma mágoa em cima da outra. E que a gente cicatrizasse rápido. E que as cicatrizes se transformem em marcas bonitas.
Ah, como eu queria que nossos defeitos aprendessem a dançar. Um dia, valsa. No outro, samba. E no outro, bolero. Em cada momento um novo passo.
Ah, como eu queria que existisse amor eterno. Para poder te amar até o último dia da minha vida. De uma forma clichê, antiga e bela.
Ah, como eu queria que nossas mãos enrugadas se tocassem com admiração e respeito. E que continuassem juntas por todo o tempo que ainda nos resta.

By C.C.
Amor não combina com fraqueza. Existe um momento (que passa num piscar de olhos) em que a gente deve decidir se abre a porta ou se deixa a campainha tocar insistentemente. Já perdi algumas oportunidades cor de rosa. Acho que eu devia ter me dado algumas chances. E ter esticado a mão para o amor.

Hoje não me pergunto como teria sido, porque a gente não deve viver pensando no que deixou. Ou no que ficou em um passado que parece tão distante. Mas volta e meia penso: por que a gente tem esse medo todo?

O amor não morde. O amor não assusta. O amor não dói. Eu achava que as coisas eram diferentes, que amor dava frio na barriga, insônia, congestão nasal, que arrancava pedaço, que deixava a gente nas nuvens, que era um susto sem fim. Não, o amor não é nada disso. A paixão nos provoca uma série de sofrimentos. E traz aquela sensação de borboletas no estômago. A paixão é um comportamento adolescente, que se emburra e devolve os presentes, que bate porta, que se acha grande coisa, que quase mata no grito, que dura uma semana ou duas.

Tem muita gente que pensa que ama. Não sou ninguém para julgar o amor dos outros, longe de mim. Mas o amor, o amor mesmo, o amor maduro, o amor bonito, o amor real, o amor sereno, o amor de verdade não é montanha-russa, não é perseguição, não é telefone desligado na cara, não é uma noite, não é espera. O amor é chegada. É encontro. É dia e noite. É dormir de conchinha. É acordar e fazer um carinho de bom dia. É ajuda, mãos dadas, conforto, apoio. E saco cheio, também. Porque de vez em quando o amor enche o saco. Tem rotina, tem manhã, tarde, noite, tem defeito, tem chatice, tem tempestade. Mas o céu sempre limpa. Porque o amor é puro como o azul do céu.
 
By C.C.
Vai lá otária, manda mais uma mensagem, como se ele não tivesse recebido todas as últimas que você mandou... Enche a caixa de entrada do celular dele, como se isso fosse fazê-lo sentir algo por você além de enjoo. Enjoo do teu exagero, enjoo de quem insiste em dançar sem música, sem ritmo, sem dança, sem pista, sem par, que tal se valorizar?